Example Example Example Example Example Example Example O presidente Ikeda observa: "É absolutamente impossível que alguém com uma conduta séria e sincera na fé não consiga ser feliz e prosperar ou que seu ambiente não consiga ser revitalizado. Este é o princípio universal do budismo. O coração é o que transforma tudo. Esta é a natureza prodigiosa da vida. É uma verdade irrefutável". Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo....


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20 de maio de 2009

Resgatar totalmente nossa humanidade

TERCEIRA CIVILIZAÇÃO, EDIÇÃO Nº 489, PÁG. 7, MAIO DE 2009.

Logo que a Segunda Guerra Mundial findou, o filósofo francês Gabriel Marcel (1889-1973) fez penetrante análise no seu ensaio "O espírito de abstração como fator gerador de guerra". Embora a habilidade de desenvolver e manipular conceitos abstratos seja indispensável à atividade intelectual humana, as abstrações resultantes carecem de substância. A idéia de ser humano, por exemplo, pode ser entendida, em certo sentido, como ficção. A realidade é assim: somos homens ou mulheres, japoneses ou americanos, idosos ou jovens, nascidos em algum lugar. Quanto mais observamos as pessoas, mais as reconhecemos como únicas. Este é o mundo da realidade concreta. Qualquer discussão sobre seres humanos ou humanidade que deixe de considerar essas diferenças, acabará criando conceitos abstratos sobre a própria vida. 
Marcel usa o termo espírito de abstração para definir o processo destrutivo pelo qual nossa concepção dos fatos se aliena das realidades concretas. Ele nota, por exemplo, que só é possível participarmos da guerra se negarmos o caráter individual e a humanidade do outro - reduzindo-o a conceitos abstratos como fascista, comunista, sionista, fundamentalista islâmico. A este respeito, Marcel declara: 

As pessoas... exigem o meu compromisso beligerante contra outros seres humanos a quem devo, em virtude da minha opção, estar pronto a destruir. É necessário, do ponto de vista daqueles que estão me exigindo, que eu perca totalmente a consciência da realidade individual, da pessoa que eu sou, para que eu seja levado a destruir. A fim de transformá-los em meros alvos impessoais, é imprescindível convertê-los em abstração.2 

Sem este reducionismo, é impossível justificar ou encontrar sentido na participação de alguém numa guerra. 
Em outras palavras, o espírito de abstração não é de valor neutro. Marcel observa que é invariavelmente acompanhado de "caráter passional"3 de rejeição e ressentimento (ressentiment) que produz a "redução depreciativa".4 É assim que as pessoas se tornam conceitos abstratos, tratadas como seres inferiores, sem valor e até como algo nocivo a ser eliminado. As pessoas, em sua humanidade plena, deixam de existir. 
O próprio Gabriel Marcel revela: "O espírito de abstração é essencialmente da ordem das paixões, e... por outro lado, é a paixão, não a inteligência, que forja as abstrações mais perigosas".5 Foi por esta razão que ele considerou todo o seu trabalho de filósofo como "uma batalha incansável e obstinada contra o espírito de abstração".6 
Retomando a questão da atual crise financeira, temos de indagar se nós, enquanto sociedade, não fomos surpreendidos nas armadilhas desse espírito. Não estaríamos sob o encanto do caráter anônimo e abstrato do dinheiro, semelhante ao feitiço da Medusa? Será que não perdemos nossa capacidade humana essencial de enxergar que - embora necessário ao funcionamento da sociedade - o dinheiro não passa de uma convenção, um tipo de realidade virtual? 
A adoração ao dinheiro vai além da mera precisão material. Ele nos atrai e nos hipnotiza, nos induz a ações que, em outras circunstâncias, evitaríamos. Por exemplo, uma empresa que perde de vista sua responsabilidade social, sensível apenas aos interesses particulares dos acionistas - pela insistência destes em lucros a curto prazo -, relegará, a segundo ou mesmo terceiro plano, as relações com o universo de pessoas reais, sejam administradores e empregados, sejam clientes e consumidores. No mundo inteiro, ouvimos vozes repletas de remorso de empresários conscientes que não tiveram escolha senão desempenhar esse papel repugnante. 
A verdade é que a globalização centrada nas finanças produz inúmeras pessoas como estas. 
Absorvidos pelo espírito de abstração, perdemos de vista o fato de que nossa verdadeira humanidade existe somente na inteireza de nossa personalidade. Em maior ou menor grau, tornamo-nos todos Homo economicus, incapazes de reconhecer outros valores a não ser o monetário. 
As pessoas parecem dominadas por uma espécie de impotência claustrofóbica, sensação que se aprofunda na medida do avanço da globalização. Esta é, a meu ver, consequência inevitável da arrogância e do egoísmo que conduz à busca cega do lucro, do pensamento de que a sociedade humana pode continuar a existir mesmo com a destruição do meio ambiente natural e cultural. Não ignoremos as eternas palavras de José Ortega y Gasset (1883-1955) sobre a unicidade de nossa vida e do nosso ambiente: "Eu sou eu e minha circunstância, e se não a salvo, também não me salvo".7 
Naturalmente, o Homo economicus é produto de um vetor intrínseco ao capitalismo. Quanto mais "pura" a forma de capitalismo pregada, mais obrigados seremos - em nossa condição de acionistas, administradores e empregados, clientes e consumidores - a buscar esse vetor. Se assim não fizermos, pelo menos a curto prazo, sofreremos perdas. 
Robert B. Reich, secretário de Estado do Trabalho no governo Bill Clinton, advertiu quanto aos perigos ocultos da "nova economia". Em sua recente obra Supercapitalismo, ele condensa os múltiplos aspectos de nossa personalidade nos nossos papéis de investidores e consumidores, e como cidadãos. Reich escreve: 

Por mais estranho que pareça, a verdade é que quase todos nós temos dupla personalidade: como consumidores e como investidores, queremos ótimos negócios. Como cidadãos, não gostamos de muitas consequências sociais daí advindas.8 

O grande desafio está no equilíbrio capaz de resgatar totalmente nossa humanidade. Contudo, sob o domínio do supercapitalismo, "os consumidores e os investidores ganham poder; os cidadãos perdem força".9 Os interesses do capitalismo assumem precedência sobre as exigências da democracia. 
A predominância de interesses monetários acentua os aspectos negativos do capitalismo, como desigualdade de renda mundial, mercados de trabalho instáveis e degradação ambiental. Isso não para por aí. A consequente queda das atividades econômica e financeira levanta sérias dúvidas sobre o que é comumente reconhecido como aspecto positivo do capitalismo - a capacidade de gerar riqueza. Porque a riqueza produzida tem provado ser ilusória. 
Sustentado pela desregulamentação e a inovação tecnológica, o processo de globalização sofre um contragolpe na forma de recessão globalizada. Ficou evidente que foi maldepositada a fé na competição e nos mercados livres para resolver todos os problemas. Nada no mundo é pré-ordenado de forma tão simplória. 
O sistema financeiro mundial requer estrutura regulamentadora. Para isso, cabe aos governos e processos políticos importante papel. Os líderes políticos devem exercer seus talentos para o bem maior e de uma perspectiva mais ampla e imparcial. Precisamos de medidas imediatas e audaciosas - como garantir suporte fiscal e financeiro e reforçar as redes de segurança social - para responder ao colapso da ação corporativa e ao aumento do desemprego. 
É especialmente importante ter em mente a dimensão mundial da pobreza, que rouba das pessoas oportunidades de trabalho digno e enobrecedor. O trabalho é atividade humana essencial: incorpora o propósito e a esperança, vitais para a realização pessoal e o florescimento social. Devemos dedicar todas as nossas energias, comprometidos com essa questão fundamental. E considerar devidamente a lição da década de 1930, quando a confiança excessiva no controle estatal levou ao surgimento do fascismo. Da mesma forma, é preciso ouvir a advertência de Marcel contra os perigos do espírito de abstração.
"Vencedores" e "perdedores"

23 de julho de 2007

Que Tremule Intrepidamente, o Estandarte dos Jovens!


Que Tremule Intrepidamente, o Estandarte dos Jovens!

Que soprem furiosos, os ventos!
Que se elevem bravias, as ondas!

Eu sou a juventude,
O estandarte escarlate que tremula na tormenta.
Nada me intimida,
nada me derruba.

Onde estou
é de onde me lanço.
Hoje, este momento,
É sempre o começo
de novos desafios.
Quando penso no meu futuro
coragem e força ilimitadas
surgem em meu coração.

Ventos! Ondas!
Sou jovem e intrépido.
Lutarei com bravura
contra seus ataques violentos.

Amigo, segue pelo mar.
Eu seguirei por terra.

Eu me levantarei
com firmeza,
para defender o caminho
que escolhi na vida.
Eu embarcarei,
convicto,
para empreender a sublime missão.

Eu sou a juventude
que voa em meio à tormenta
sobre as asas gloriosas da liberdade.
Com elas, vôo mais alto
que os velhos líderes das nações.
Com elas, vejo o essencial
com mais sagacidade
que os políticos.

Esse é o direito da juventude,
Nada a destrói.
Nós abraçamos a estrela de nosso eterno
destino
e brilhamos.
Assim é a nossa juventude
que atua no palco global.

Não seria a juventude, então,
o tesouro da Humanidade?
Não seriam os jovens,
os verdejantes campos da paz?
Quando nos unimos num propósito comum,
ressoa um trovão ensurdecedor,
condenando os abusos do poder arrogante.

Seus olhos brilhantes,
Suas formas galantes, entusiásticas,
sobejam a vida,
de energia inesgotável
com a qual avançam sem limites -
tudo se manifesta da sublime esperança.

Esse jovem
não se intimida
diante dos sofrimentos ou obstáculos
nem recua ante a dor.
Não,
incentivam-se uns aos outros,
alegres,
para erigir em sua própria vida
o Arco do Triunfo colossal.
Ali tremula intrépida
O estandarte escarlate da vitória.

Avançarei, sem falhar!
Pois essa será
A comprovação que deixarei nesta existência,
de uma juventude insuperável!

-Com que propósito? -
em busca de uma resposta,
lutarei sem cessar.
Nas noites em que as tormentas assolarem
ou ondas baterem com fúria selvagem,
continuarei avançando, indomável,
ansiando pelo sol da manhã
que nascerá majestosamente,
uma vez mais,
no Leste.

Jovens!
Queridos amigos!
Com discernimento e astúcia,
Agucem as vistas!
Clamem!
Avancem!
E lembrem-se
que além do distante horizonte,
inumeráveis sucessores os seguirão,
buscando a luz eterna do Sol.

Meus jovens amigos,
preparem-se para montar em seus corcéis
brancos!
Marchem galantemente
na vanguarda do povo.
Devotem-se à missão
que o Buda decretou.
Marchem bravamente!

Atravessem montanhas e vales,
avancem e
superem os obstáculos
com alegria e júbilo
junto com seus amigos
pelo vasto mundo.

Atravessem a triste escuridão,
pois cada gota de seu precioso suor e esforço
os conduzirá ao palco dourado da nova era,
com a qual todos sonhamos.

Jovens!
Ergam a fronte!
Aprumem o porte!
Meus amigos,
liderem todas as lutas
e façam sua presença conhecida.

Os jovens jamais são derrotados,
por nada ou ninguém,
pois vitória significa
jamais desistir.

Os jovens não conhecem o desalento.
Por jamais se deixarem abater
mesmo pela mais dura adversidade,
um palco brilhante os aguardará.

Observem-me!
Quando eu despertar,
quando eu mostrar meu verdadeiro potencial,
uma nova era nascerá,
com o raiar de uma grande revolução.

Eu sou os olhos que refletem o futuro.
Eu sou o raio da eloqüência intrépida
que separa a mentira da verdade.
Eu sou a espada afiada da justiça
que corta o mal,
que luta eternamente
para despertar a sociedade.
Assim é a juventude.

Portanto,
que a luz brilhe nos olhos dos jovens,
que a força habite o coração dos jovens.

Os séculos de massacre e sangue
estão para findar-se.
Dolorosas feridas deixam!
Amargo é o legado da dor e do temor!
A Humanidade, estremecida,
nas sombras das armas demoníacas,
sob negras nuvens
que obscurecem o horizonte -
este é o mundo lúgubre e opressivo do fim do
século!

Os acordes do velho século,
repletos do som da destruição,
das armas e das bombas.
Gritos comoventes de mães e filhos
que buscam desesperados por abrigo.

-Ó, amigos,
não mais esses sons! -,
implorou Beethoven.

A poderosa canção da juventude
revitalizará a história,
há muito
uma história de sofrimento.
Quando, por fim, chegar a nora era,
serão vocês, jovens,
que irão reger a sinfonia colossal.

Meus amigos,
cantem, dancem e alegrem-se juntos!

Ergue-se a cortina
revelando a mais digna e grandiosa música -
Inicia-se a performance
da imponente orquestra sinfônica
dos jovens heróicos.

Soem os sinos da partida!
Icem as velas!
Levantem a âncora!
É hora do zarpar dos jovens
em sua grande e interminável jornada
envolta pela brilhante luz das estrelas.

Companheiros das três existências!
Estão preparados para a vitória?
Jamais negligenciem o mínimo detalhe,
mas quando deixarem o porto
não olhem para trás.

Aprontem-se já!
Encontrem a rota sobre as águas
como majestosas orcas.
pensem nas gigantescas ondas
Como o suave embalar de um berço.
Lembrem-se que a bravura e o destemor
são vitais para a vitória e por sucesso.

Cada um de vocês,
jovens companheiros,
trabalhe para que todos,
amigo e inimigo,
alcancem a praia da paz felicidade,
sem falha,
sem exceção.

Às vezes
sejam como a proa do navio
sempre a primeira a enfrentar
ondas.
Outras vezes,
o motor retumbante
ou as turbinas propulsoras.
E outras vezes,
Trabalhem dia e noite
na casa das máquinas
cobertos de óleos e graxa.

Cada um de vocês,
meus amigos,
atravesse os mares turbulentos
com energia e entusiasmo
numa jornada de auto-aprimoramento.
Marque o curso
para um mundo inexplorado
coberto pela espessa mata
e alcance
corajosamente
terra firme.

A vida é luta.
A vida é uma batalha sem fim
da qual ninguém escapa,
ninguém evita.

Eu sou o guerreiro destemido,
de espírito de levantar-se só.
Meu coração,
nunca foge dos campos de batalha,
desse campo onde o descanso não existe.

Eu estou no palco
onde se trava a luta violenta
entre forças opostas
da esperança e do desespero,
da coragem e da covardia,
do desafio e da inércia.

Mesmo que tenha de comer terra,
mesmo que tenha de me segurar pelas unhas
à beira do precipício,
eu avançarei,
que seja um milímetro,
resoluto,
através das adversidades.

Meus amigos,
lutem
com espírito nobre e heróico.
Lembrem-se da advertência de Daishonin:
-Os discípulos de Nitiren nada conseguirão
se se renderem à covardia! -
Recordem Nisso, seu sucessor:
-Até que o Kossen-rufu seja alcançado,
propaguem a Lei
com o máximo de sua habilidade
sem poupar a vida. -

Vocês, meus amigos,
que conhecem essa filosofia verdadeiramente
profunda,
não sejam enganados pelos hipócritas,
não sejam feitos de tolos
por ilusões tentadoras -
Desembainhem a espada espiritual da justiça
e lutem até que o último tirano caia.

Que soprem os ventos da coragem!
Que ressoem vigorosamente
os sinos de cada dia!
E que o rugido formidável
Dos companheiros unidos e fortes
Ecoe de forma ensurdecedora!

Não temam o latido dos lobos,
façam ouvir o rugido dos leões!

Vivemos num mundo
onde prevalecem as cinco impurezas.
Continuem avançando,
Abrindo as comportas da indignação
para com aqueles
que destroem a justiça;
façam-nos saber
como será amargo
o arrependimento.

Vamos vencer
e juntos
derramar lágrimas de alegria.
Não se curvem
às fraudes e aos opressores.

Jovens!
Ao longo da luta,
derrotemos cada inimigo do Buda,
infalivelmente,
e nos tornemos o sol
de luz brilhante
que delibera as pessoas do medo.

Em A Cidade Eterna,
célebre romance de Hall Caine,
Rossi e Bruno,
os dois jovens amigos
unidos pela confiança mútua,
firmes e destemidos em sua causa
mesmo sob a ameaça da morte,
lutam até os limites do ser
e constróem uma - cidade eterna - do coração.

Meus jovens amigos,
unidos em propósito
e partilhando igual responsabilidade,
superem mesmo esses heróis,
criem sua própria cidade eterna,
que permaneça pelas três existências
do passado, presente e futuro -
isto é o Kossen-rufu.

Até que seja concretizado,
avancem
firmemente unidos.

Incontáveis jovens,
inúmeros e nobres companheiros,
partilham essa filosofia de paz,
não apenas no Japão.
Também nas Américas do Norte,
Central e do Sul,
na Europa e na África,
na Ásia e na Oceania,
em todos os cantos do mundo.

Juntem as mãos
com os jovens de todo o globo.
Criemos uma rede ilimitada.
Trabalhando em conjunto,
construamos uma cidade eterna -
um reino
de brilho indestrutível,
que resplandeça,
no século XXI.

3 de julho
Em comemoração ao dia em que meu mestre foi libertado da
prisão e ao dia em que fui preso.



Daisaku Ikeda
Poeta Laureado

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