Aída dos Santos era uma moça negra da favela de Niterói que competia com atletas brancas, de boa aparência e bem vestidas. Numa final no estádio de Tóquio completamente lotado, conseguiu chegar na quarta colocação, algo que não se imaginava naquela época.
Mesmo feliz, naquele momento sentiu uma imensa solidão e chorou. Era a única mulher da delegação, não tinha técnico, médico, massagista ou roupeiro. A equipe de atletismo era formada por ela mesma. Não tinha uniforme da delegação e em dia de competição usava um antigo e surrado. Nos treinos vestia o uniforme oferecido por seu clube.
O pres. Ikeda sempre nos orienta que as pessoas diferem apenas na aparência e nas ações, sendo todas iguais interiormente. As virtudes invisíveis, enfatiza ele, são mais importantes que as visíveis.
Há ocasiões em que a maneira como nos apresentarmos faz uma grande diferença, mas, no mundo da fé, o coração é o mais importante: o coração determina tudo. De acordo com o princípio de itinen sanzen é o "pensamento determinado" – em outras palavras, a mente, o coração – que determina o " ".
Eis porque a condição em que se encontra o nosso coração, o nosso interior, a nossa verdadeira essência, é muito mais importante do que apresentarmos uma falsa imagem.
Fonte: TC fevereiro/1997 (Revista Terceira civilização, Editora Brasil Seikyo)
Agradecimentos a amiga Marcia Rocha que me mandou por email essa notícia.
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