Example Example Example Example Example Example Example O presidente Ikeda observa: "É absolutamente impossível que alguém com uma conduta séria e sincera na fé não consiga ser feliz e prosperar ou que seu ambiente não consiga ser revitalizado. Este é o princípio universal do budismo. O coração é o que transforma tudo. Esta é a natureza prodigiosa da vida. É uma verdade irrefutável". Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo....


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8 de agosto de 2008

A revolução diária de Betty Faria

A atriz Betty Faria, 59, entrou em contato com o budismo em meio a uma crise existencial e profissional no início da década de 90. Superada a crise, a atriz tornou-se uma praticante diária do budismo de linha Nichiren Daishonin, que se baseia na recitação repetida do mantra nam-myoho-rengue- kyo, base do Sutra de Lótus, um dos ensinamentos do Shakyamuni, o fundador histórico desta religião - que muitos preferem chamar de filosofia de vida.
por DÉBORA F. LERRER

Para Betty, o budismo é uma revolução diária. Todos os dias ela procura analisar seus erros, defeitos, investigar as 'causas' que ela provoca. Em suma, ela busca constantemente seu aperfeiçoamento pessoal - e é justamente esse, segundo o budismo, o caminho para a iluminação. Mãe de Alexandra e de João Daniel, Betty está casada há três anos com Franklin Thompson, 25. A atriz organiza a produção de três novos projetos para o ano que vem: uma co-produção com Bruno Barreto, outra com Carlos Reichenbach, para o cinema, e a encenação da peça A Mãe, de Brecht (cujos direitos ela acaba de comprar), que pretende levar aos palcos junto com o amigo Domingos de Oliveira. Nesta entrevista exclusiva para a Planeta na Web, Betty conta o que a atraiu no budismo e como essa prática religiosa mudou suas concepções de vida.

Planeta na Web - O que te atraiu no budismo?

Betty Faria - Foi a filosofia de vida, que é a lei da causalidade. Nós fazemos causas com pensamentos, palavras e ações. Essa filosofia faz com que não culpemos os outros pelo que nos acontece. Você tem que assumir as suas coisas. Não tem ninguém te proibindo de nada, nada é imposto. É só a sua consciência, o seu estado de vida. Isso me agrada muito. Mas também é muito difícil porque você se sente obrigado. Quanto mais você pratica, mais vê o que tem que modificar. É preciso fazer uma revolução diária dos seus defeitos, dos seus erros, das causas que você provoca. É uma filosofia de vida muito bonita.

PnW - Qual é o tipo de budismo que você pratica?

Betty - Eu sigo o budismo do Sutra de Lótus. A gente repete nam-myoho-rengue- kyo, nam-myoho-rengue- kyo, que é o mantra básico. Nós praticantes tentamos fazer isso uma hora por dia, ou seja, 30 minutos de manhã, 30 minutos à noite, ou 20, 15 minutos. O importante é tentar. É difícil. É uma prática que exige muita disciplina, estudo e conhecimento.

PnW - Como você entrou em contato com o budismo? Quem é que te levou até ele?

Betty - Eu conheci o budismo em Los Angeles, através de uma fotógrafa norte-americana. Mas, na época, há uns dez anos, eu estava em outras buscas espirituais no Brasil e não me liguei tanto. Eu realmente entrei no budismo durante uma grande crise existencial e profissional que tive de 91 para 92. Sou praticante há oito anos. É uma prática individual, mas eu também freqüento palestras e reuniões para trocar e ler os escritos. Eu pertenço à Soka Gakkai Internacional, que é dirigida pelo Daisaku Ikeda, que faz um trabalho maravilhoso, levando o budismo para muitos países.

PnW - Você sente influência do budismo na maneira como vive hoje em dia?

Betty - Estou totalmente diferente. Eu sempre fui muito impulsiva, muito temperamental. A pessoa impulsiva muitas vezes não age com sabedoria. Hoje eu sou uma pessoa melhor, porque na medida em que você vai tentando fazer uma revolução diária, vai vendo onde você erra e vai tentando se melhorar. A partir do momento em que você se melhora, vai tendo mais boa sorte.

PnW - Em outra oportunidade, você declarou que quem pratica nam-myoho-rengue- kyo tem mais sorte. Como assim?
Betty - Praticando nam-myoho-rengue- kyo diariamente, você se funde com a energia vital do universo. Às vezes você vai para um lugar e fica cansada, pois existem pessoas que levam a tua energia. Mas com o nam-myoho-rengue- kyo você recupera a sua energia vital e se funde com o universo. Essa prática queima o carma ruim mais rápido e, por isso, você tem mais boa sorte. A partir do momento que você está praticando, está elevando seu estado de vida.

PnW - Antes de achar o budismo, quais foram os caminhos explorados por você na sua busca espiritual?

Betty - Eu sou de formação católica, mas procurei na umbanda, fui do candomblé, em suma, procurei as religiões brasileiras. Mas nada disso batia em mim como filosofia de vida até que eu encontrei o budismo.

PnW - Você sente reflexos do budismo na sua profissão?

Betty - Eu acho que sim. Quando você está bem, tudo fica melhor. Melhorou meu trato, a minha convivência com as pessoas quando eu trabalho.

PnW - Como o budismo pode mudar a vida de uma pessoa?

Betty - Ele muda devagar, com muita disciplina, muita prática. Não é como dar um dinheiro para alguém fazer um trabalho de magia. Tudo é dentro de você. As pessoas falam em Deus, a gente, de Estado de Buda. Você vai buscar o Buda lá fora, lá no céu, quer encontrar Deus, mas que Deus? É Buda, e é dentro você. Nós procuramos a iluminação que é o Estado de Buda.

PnW - O que é iluminação para o budista?

Betty - Iluminação é você procurar se melhorar, e é dificílimo. É um estado elevadíssimo. Eu espero conseguir esse estado antes de ir embora desse planeta, para poder voltar melhor.

PnW - O seus filhos e seu marido acompanham você no budismo?

Betty - Ah, claro. Eles gostam. Pelo menos o nam-myoho-rengue- kyo eles fazem. Cada um faz de seu jeito. A Alexandra faz mais, o João faz de vez em quando, mas todo mundo conhece e gosta. Agora, se tornar praticante é uma opção, uma escolha de vida.

PnW - Muita gente acredita que a tônica deste século será a busca espiritual. Você acredita nisso?

Betty - Eu acredito que é física, não é mais mágica. Se você analisar a filosofia budista que fala da energia vital, de você se fundir com o cosmo, com o universo, você percebe que tem paralelos com a física quântica. Além do mais, eu acho que o planeta não tem mais salvação se não lutar pela paz, pela fraternidade, pela cultura e pela educação para criar novos valores entre os jovens.

PnW - O Brasil é um país muito espiritualizado, mas também é transpassado de injustiças sociais. O que você acha dessa contradição?

Betty - Existem lugares e países em que o nível de sofrimento é muito maior. Se nos compararmos com a África e a Bósnia, veremos que pessoas felizes e pacíficas somos nós. Se cada um fizer a sua modificação diária, eu acho que o Brasil tem salvação.
Planeta na Web

Um comentário:

Jhennifer Cavassola disse...

Acho o mundo budista muito bonito! Prega muito a questão da espiritualidade, está bem com si mesma, a paciência etc. Legal a Betty Faria seguir isso e já imaginava, o jeito dela é incrivel! ;)

abraços e estou sempre acompanhando seus blogs

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