22 DE MAIO DE 1999 — EDIÇÃO Nº 1509
Esta frase mostra a convicção de Nitiren Daishonin em relação aos benefícios provenientes do Daimoku. Por meio dela, incontáveis companheiros vieram realizando sua revolução humana desde o início da Soka Gakkai.
Entretanto, pode haver pessoas que se lamentam dizendo: “Recito duas, três horas de Daimoku diariamente, e não consigo resolver o meu problema” ou “Pratico há mais de dez anos e ainda não transformei o meu carma de doença”.
Qual a diferença entre os que transformaram suas condições adversas e os que continuam vivendo suas amarguras? Poderiam dizer: “Falta Daimoku”, “Deveria se dedicar mais às atividades”, “Não há sinceridade”, ou mesmo “Ainda não chegou o momento”. Talvez um ou vários desses pontos estejam corretos, mas há ainda uma razão essencial que engloba as demais.
O presidente Ikeda, em sua primeira visita ao Brasil em1960, declarou: “A recitação do Daimoku com toda a seriedade é a fonte básica de onde brotará a energia para esse grande desafio. Além disso, seu Daimoku deve ser como um juramento.(...)
“Em se tratando de oração, existem pessoas que não se esforçam e ficam apenas esperando que a resposta de seu pedido caia do céu. Se uma religião permite essa conduta, estará então corrompendo o ser humano. No budismo de Nitiren Daishonin a oração é originalmente um juramento e sua essência é o Kossen-rufu. Em outras palavras, significa orar resolutamente com a seguinte determinação: ‘Eu vou realizar o Kossen-rufu do Brasil. Para isso, vou demonstrar brilhantes comprovações também em meu trabalho. Por favor, faça com que eu possa evidenciar o máximo de minhas forças.’ Esse deve ser o contexto básico de nossas orações. Com essa disposição, devemos estabelecer objetivos claros a serem realizados a cada dia, desafiando-os e orando pela concretização de cada um deles. É dessa seriedade e forte determinação que emergem a sabedoria e a criatividade, e é daí que se abre o caminho do sucesso.” (Nova Revolução Humana, vol. 1, pág. 195.)
O presidente Ikeda mostra com clareza a atitude correta de recitar o Daimoku. Pode ocorrer de alguém sentar-se diante do Gohonzon, recitar horas de Daimoku e achar que fez sua parte, deixando o resto “por conta” do Gohonzon. E quando o resultado não aparece, acaba responsabilizando o Gohonzon ou os fatores externos. Quando manifestamos toda a nossa coragem e oramos com uma disposição como: “Juro que resolverei meu problema financeiro”, “Juro que transformarei meu carma de doença”, “Juro que resolverei esta questão”, com certeza percebemos que esta é a atitude para transpor as dificuldades. Neste momento, transferimos para nós a responsabilidade de encontrar um caminho, e nos imbuímos de coragem e dinamismo. Na realidade, não nos dirigimos ao Gohonzon para “mendigar” benefícios, mas, como consta nas próprias orações silenciosas, para oferecer orações e criar uma cerimônia de sinceridade e decisão.
É por esta atitude corajosa que se comprova a manifestação dos quatro poderes — do Buda, da Lei, da fé e da prática. Os poderes do Buda e da Lei estão contidos no próprio Gohonzon. O que precisamos é a manifestação dos poderes da fé e da prática que dependem unicamente de cada um. É a união desses quatro poderes que nos capacita concretizar os objetivos.
Dessa forma, vamos desafiar a recitação do Daimoku neste período tão importante que antecede a “Primavera da BSGI” e agir como está escrito no Gosho: “‘Os benefícios que desfrutarão por protegerem aqueles que recebem e sustentam o Nam-myoho-rengue-kyo serão insondáveis! Serão benefícios esplêndidos! Realmente maravilhosos!’ Esta passagem exprime indiretamente que nós, seres humanos, estejamos caminhando, parados, sentados ou deitados, deveríamos recitar Nam-myoho-rengue-kyo.” (END, vol. VI, pág. 230.)
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