JULHO DE 2003 - EDIÇÃO Nº 419
Sakyamuni percebeu que a vida repete um ciclo eterno de nascimento e morte. Livre da ilusão que turvava sua mente, ele direcionou sua penetrante visão para a questão do sofrimento humano. Concluiu que a vida das pessoas é o resultado de seus atos, bons e maus, cometidos por meio de palavras, pensamentos e ações em existências passadas. Ele então revelou a lei da causalidade, que opera com rigor na vida das pessoas por todo o ciclo de nascimento e morte.
"O Budismo Nitiren fundamenta-se na afirmação de que todas as pessoas possuem inerente a natureza de Buda."
Família Souza: quatro gerações de praticantes comprovando os benefícios do budismo.
Muitas pessoas iniciam a prática do Budismo Nitiren por terem se identificado com sua filosofia humanística, além de terem outros tipos de motivação, como tratar problemas de saúde, financeiros ou de relacionamento familiar. E, com essa prática, acabam superando suas adversidades, tornando-se pessoas de elevado senso de auto-estima e realização.
Desde o primeiro contato com o Budismo Nitiren, essas pessoas ouvem que suas orações serão respondidas, e são incentivadas a comprovar essa verdade.
A prática budista, no entanto, não se baseia em milagres e os benefícios não surgem instantaneamente como num passe de mágica. Os benefícios são, na verdade, uma conseqüência natural da transformação interna de uma pessoa pela sua fé.
Para extrair os benefícios da prática, é preciso que haja uma reformulação de conceitos de vida pois, do ponto de vida do budismo, a causa para a infelicidade do ser humano está em sua concepção equivocada da vida.
Em um de seus escritos, Nitiren Daishonin diz: "O propósito do advento do lorde Buda neste mundo estava em seu comportamento como ser humano."³ Ou seja, o Budismo Nitiren ensina as pessoas a terem uma visão correta da vida e a se comportarem verdadeiramente como seres humanos. Assim, com seu próprio exemplo, Daishonin mostra o caminho para cada pessoa vencer as dificuldades da vida diária.
A lei da causalidade que rege a vida
Segundo os cânones budistas, Sakyamuni, ou Sidarta Gautama é mais conhecido no Ocidente, atingiu a iluminação sentado sob a árvore bodhi, meditando profundamente.
Sakyamuni percebeu que a vida repete um ciclo eterno de nascimento e morte. Livre da ilusão que turvava sua mente, ele direcionou sua penetrante visão para a questão do sofrimento humano. Concluiu que a vida das pessoas é o resultado de seus atos, bons e maus, cometidos por meio de palavras, pensamentos e ações em existências passadas. Ele então revelou a lei da causalidade, que opera com rigor na vida das pessoas por todo o ciclo de nascimento e morte.
No budismo, não se deve culpar os outros pelos próprios sofrimentos. Para uma pessoa vencer os impasses da vida é fundamental que ela pare de procurar as causas dos infortúnios em fatores externos e assuma a responsabilidade da própria vida.
A unicidade do corpo e da mente (shiki shin funi) e a autocura
A palavra shiki (corpo) representa os fenômenos físicos, incluindo o corpo humano. Em outras palavras, shiki é o aspecto material da vida. Shin (mente ou espírito) refere-se aos vários aspectos fenomenais da vida e aos distintos tipos de atividades espirituais que são invisíveis e não podem ser apreendidos em termos de métodos físico-químicos como a razão, o intelecto, os desejos e as emoções. Embora observados separadamente, a mente e o corpo são unos em essência.
Nos últimos anos, diversas experiências científicas têm comprovado esse princípio. Pesquisas revelaram a capacidade de autocura do organismo, confirmando que alguns doentes experimentam melhoras quando submetidos a um tratamento que não deveria causar nenhum benefício. Nos testes, indivíduos estudados são divididos em dois grupos. O primeiro é tratado com a droga enquanto o outro recebe um placebo, isto é, algo que imita a aparência e o gosto da substância testada, mas é quimicamente inativo. Após décadas de estudos, os cientistas concluíram que todos os seres humanos têm essa capacidade de autocura.
A prática do Budismo Nitiren
O Budismo Nitiren fundamenta-se na afirmação de que todas as pessoas possuem inerente a natureza de Buda. Assim sendo, o objetivo máximo de sua prática é alcançar esse elevado estado de vida. Atingir o estado de Buda pode parecer para muitos algo irreal e utópico, porém, Daishonin esclarece: "Não existe diferença entre um buda e um mortal comum. Enquanto desnorteada pela ilusão, a pessoa é chamada mortal comum, mas uma vez iluminada é chamada Buda." Portanto, todas as pessoas podem evidenciar, com a prática budista assídua, sua natureza de Buda.
Da mesma forma que um diamante bruto, a vida de um mortal comum, quando cuidadosamente polida, reluzirá com ofuscante brilho. Daishonin legou à humanidade o diamante que é o Gohonzon, o objeto de devoção inscrito por ele, para que cada pessoa possa polir seu diamante interior. Ao recitar o Nam-myoho-rengue- kyo, a pessoa ativa a força do Universo, que também existe nela.
Essa força é manifestada externamente na vida diária sob a forma de benefícios e boa sorte, e internamente como uma revigorante humanidade, rica sabedoria e energia vital.
De toda forma, os verdadeiros benefícios experimentados no Budismo Nitiren não se referem aos ganhos momentâneos, como ter uma casa, um carro ou qualquer outro bem material, mas aos benefícios de natureza imperceptível que surgem nas profundezas da vida. Quando uma pessoa desenvolve um estado de espírito tão vasto quanto o oceano, não importa onde esteja ou a situação com que se depare, nada poderá minar ou destruir sua felicidade.
BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN, FILOSOFIA HUMANÍSTICA E TEMAS AFINS.
O presidente Ikeda observa: "É absolutamente impossível que alguém com uma conduta séria e sincera na fé não consiga ser feliz e prosperar ou que seu ambiente não consiga ser revitalizado. Este é o princípio universal do budismo. O coração é o que transforma tudo. Esta é a natureza prodigiosa da vida. É uma verdade irrefutável". Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo....
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26 de junho de 2009
A visão budista dos benefícios
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