Do exílio na Ilha de Sado, Nitiren Daishonin escreveu rigorosamente aos seus discípulos: "Há também aqueles que pareciam crer em mim, mas começaram a duvidar quando viram que eu estava sendo perseguido. Eles não somente abandonaram o Sutra de Lótus como também se consideraram sábios o bastante para instruírem-me. E é lamentável que essas pessoas maldosas devem sofrer no inferno Aviti por muito mais tempo que os seguidores da Nembutsu." (The Writings of Nichiren Daishonin [WND], pág. 306.)
Daishonin disse também: "Muitas pessoas aceitaram a fé nesse ensino. Mas, como grandes perseguições, tanto oficiais como de outras partes, ocorreram-me repetidas vezes, e apesar [de essas pessoas] terem me seguido por um ou dois anos, todas elas acabaram abandonando a fé ou se voltando contra o Sutra de Lótus. Ou, se não deixaram a prática, fizeram isso no coração. Ou então, se não a abandonaram no coração, abandonaram na prática." (WND, pág. 941.)
E, ainda: "A vida passa num momento. Não importando o quanto sejam medonhos os inimigos que encontrarem, expulsem todos os medos e nunca pensem em recair." (WND, pág. 395.)
Há um trecho que lemos diariamente no Gongyo que diz:
Jin-zu-riki- nyo-ze. O-a-so-gui-ko. Jo-zai-ryo-ju- sen. Gyu-yo-sho-ju- sho. Shu-jo-ken-ko- jin. Dai-ka-sho-sho- ji. Ga-shi-do-an- non. Ten-nin-jo-ju- man. On-rin-sho-do- kaku. Shu-ju-ho-sho- gon. Ho-ju-ta-ke- ka. Shu-jo-sho-yu- raku. Sho-ten-gyaku- ten-ku. Jo-sa-shu-gui- gaku. U-man-da-ra- ke. San-butsu-gyu- dai-shu.
Assim são meus poderes místicos. Por asamkhya de kalpas, sempre estive no Pico da Águia e em muitos outros lugares. Enquanto os seres presenciam o final de um kalpa e tudo é consumido em chamas, esta minha terra permanece segura e tranqüila, sempre cheia de seres humanos e seres celestiais. Vários tipos de gemas adornam seus corredores e pavilhões, jardins e bosques. Árvores preciosas dão flores e frutos em profusão, e os seres vivem felizes e tranqüilos. As divindades fazem repicar os tambores celestiais interpretando, sem cessar, a música mais diversa. Uma chuva de flores de mandara cai, espalhando suas pétalas sobre o Buda e a grande assembléia.
Esse trecho retrata o mundo visto pelo Buda e o mortal comum.
A frase "Por asamkhya de kalpas, sempre estive no Pico da Águia e em muitos outros lugares" significa literalmente que o Buda se encontra no sagrado Pico da Águia durante um período inconcebivelmente longo e que também aparece em diversos mundos das dez direções.
"Enquanto os seres presenciam o final de um kalpa...", descreve dois mundos distintos: "Enquanto os seres presenciam o final de um kalpa e tudo é consumido em chamas" se refere a um mundo de sofrimento que reflete a condição de vida das pessoas, enquanto "Esta minha terra permanece segura e tranqüila", é o mundo visto pelo Buda com seu vasto estado de vida.
Na verdade, o Buda e o mortal comum habitam o mesmo mundo. Contudo, ele se torna diferente pela maneira como ambos o percebem e experimentam.
O Buda Nitiren Daishonin afirma em um de seus escritos: "Os espíritos famintos vêem o Rio Ganges como fogo; e os seres humanos vêem-no como água; e os seres celestiais como amrita. A água em essência é a mesma, mas aparece sob formas distintas conforme a condição cármica de cada pessoa". (MW, vol. 5, pág. 163.)
Conforme o Glossário dos Escritos de Nitiren Daishonin, Amrita, palavra sânscrita, significa: Líquido lendário do tipo da ambrosia. Freqüentemente traduzido como orvalho doce. Na Índia antiga, era considerada como a bebida adocicada dos deuses. Na China, acreditava-se que esse líquido choveu do céu quando o mundo tornou-se pacífico. Amrita significa imortalidade.
Quando o estado de vida muda, o "mundo" em que se vive também se modifica. Esse é o princípio supremo do "itinen sanzen real", segundo o qual um único momento da vida contém os três mil mundos, tal como expressa o Sutra de Lótus.
A elevada condição de vida de um buda é demonstrada por Nitiren Daishonin e os fundadores da Soka Gakkai, Tsunessaburo Makiguti e Jossei Toda.
Makiguti escreveu numa carta: "Dependendo de como concebermos os fatos, podemos experimentar alegria mesmo no inferno".
Jossei Toda explicava que mesmo sendo pobre, cada um pode ter uma vida esplêndida de verdade e sentir que `vários tipos de gemas adornam seus corredores e pavilhões, jardins e bosques´.
Uma flor pode mudar o ambiente e um pequeno apartamento pode se tornar um palácio para quem vive nele, pois as riquezas que adornam esse palácio são os tesouros do coração.
A frase "esta minha terra permanece segura e tranqüila" descreve esse estado de vida e o local onde o Gohonzon está consagrado. Os lares estarão "seguros e tranqüilos" como resultados da prática budista.
Do ponto de vista do Budismo Nitiren, isso indica que o Gohonzon existe na vida das pessoas em todos os momentos e onde quer que elas estejam. Ele sempre está "junto" e "ao lado" delas, não se afastando por um instante sequer.
A passagem que vai desde "sempre cheia de seres humanos e seres celestiais" até "espalhando suas pétalas sobre o Buda e a grande assembléia" é uma descrição do brilho e da vitalidade do mundo do Buda do Sutra de Lótus.
O presidente Ikeda observa: "É absolutamente impossível que alguém com uma conduta séria e sincera na fé não consiga ser feliz e prosperar ou que seu ambiente não consiga ser revitalizado. Este é o princípio universal do budismo. O coração é o que transforma tudo. Esta é a natureza prodigiosa da vida. É uma verdade irrefutável".
A pessoa que acredita no Gohonzon consegue ativar a energia fundamental de sua "mente", criar esperança e gerar o bem em qualquer situação.
O importante, segundo o presidente Ikeda, é possuir o espírito e a determinação de mudar e melhorar o ambiente, mesmo que essa mudança seja pequena. (Fonte: BS nº 1906 de 8 de setembro de 2007)
BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN, FILOSOFIA HUMANÍSTICA E TEMAS AFINS.
O presidente Ikeda observa: "É absolutamente impossível que alguém com uma conduta séria e sincera na fé não consiga ser feliz e prosperar ou que seu ambiente não consiga ser revitalizado. Este é o princípio universal do budismo. O coração é o que transforma tudo. Esta é a natureza prodigiosa da vida. É uma verdade irrefutável". Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo Nam-myoho-rengue-kyo....
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2 de novembro de 2008
O mundo visto pelo Buda e o mortal comum.
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Um comentário:
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